SOBRE TADAO TAKAHASHI

Eduardo Tadao Takahashi é um nome de grande importância para a história da Internet brasileira e mundial. Ele teve papel fundamental no planejamento, na implantação e no desenvolvimento da Internet no Brasil.

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Nascido em 16/12/1950 em Marília/SP, Tadao cursou Ciências da Computação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), graduando-se em 1972. Cursou mestrado em Tecnologia e Informática pelo Tokyo Institute Of Technology,1977 - 1979,  sendo orientado por Kenzo Inoue. Homem de múltiplas facetas, graduou-se também em Comunicação Social pela PUC CAMPINAS, 1968 - 1973. Tornou-se professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp no ano de 1972, cargo que exerceu até 1985. O foco temático de atividades de pesquisa e docência incluía Linguagens de Programação, Sistemas Operacionais, e Tecnologias para Educação. Nesse período participou do Programa PREMEN do MEC, com foco na produção de métodos e materiais para o Ensino de Computação para leigos.

 

Tadao foi gerente de Informática no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRÁS-CPqD, Campinas/SP, de 1981 a 1989, contribuiu para que o CPqD fosse uma das primeiras instituições no país a implantar uma Rede de Computadores interligando VAXes, PDP-10 e microcomputadores UNIX e MS-DOS via cabos coaxiais e fibras ópticas, operando múltiplos protocolos (DECNET, TCP/IP, outros).

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Merecidamente reconhecido como um dos responsáveis pela implantação da Rede Nacional de Computadores, Tadao contribuiu para o planejamento, implantação e adoção da Internet no Brasil e em outros países da América Latina.

Foi fundador e diretor da Rede Nacional de Pesquisas (RNP) do Brasil (1989-1996), rede acadêmica conectada com outras redes acadêmicas nacionais para formar o que se tornaria a espinha dorsal da internet global e a base da Internet brasileira.

Sob sua gestão a RNP planejou, articulou, implantou e operou o primeiro serviço abrangente de Internet no Brasil. Concebida e lançada no eixo UNICAMP/PUC-RIO/IMPA/RJ com apoio do CNPq, converteu-se em alguns anos em projeto do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com apoio do PNUD, UNESCO, OEA, NSF/EUA, DFN/Alemanha, RedIRIS/Espanha etc.

 

Ele também foi o idealizador e presidente do Programa Nacional para a Sociedade da Informação (SOCINFO), 1999-2003, uma iniciativa lançada pela Presidência da República e coordenada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia. Concebeu e coordenou ações estratégicas no Governo Federal de inclusão digital, comércio eletrônico em MPMEs, conteúdos digitais em grandes áreas de aplicação, incluindo governo, educação e saúde, e outros, atuando como um “segundo round” de desenvolvimento da Internet no Brasil.

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Tadao também ajudou a moldar políticas públicas em iniciativas de tecnologia da informação e comunicação como fundador, membro e coordenador para a América Latina e Caribe do (TIC) das Nações Unidas (ICT Task Force, 2000-2003).

A UN ICT Task Force foi criada pelas Nações Unidas a partir de recomendações de um grupo de trabalho coordenado por José Figueres, ex-presidente da Costa Rica. Tadao fazia parte deste grupo.

Tadao foi responsável pelas diretrizes que levaram à criação do Comitê Gestor Internet do Brasil - CGI/BR pelo Ministério da Ciência e Tecnologia juntamente com o Ministério das Comunicações. Membro deste comitê, 1995-1996 e 2001-2002, teve forte atuação  na implantação e institucionalização jurídica do mesmo.

Foi  presidente do Conselho de Administração da TV Educativa do Brasil (2005-2008), que foi operada pela Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto – ACERP, uma organização social criada pelo MEC e SECOM/Presidência da República, até a criação em 2007 da Empresa Brasileira de Comunicação. Tadao foi presidente do conselho da ACERP durante o período de transição.

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Um dos últimos trabalhos, como diretor geral do Projeto i2030, uma iniciativa de planejamento estratégico englobando Brasília e seu entorno, com o objetivo de propor diretrizes para o desenvolvimento integrado e sustentável da região até  horizonte de 2060. Reuniu pesquisadores da UnB, UCB, UniCEUB e várias ONGs, para pesquisa, extensão e capacitação.